domingo, 19 de setembro de 2010

CRÍTICA - ENSLAVED "AXIOMA ETHICA ODINI"




Esta é a capa do novo trabalho do Enslaved, com lancamento previsto para 27.09.10, mas que já vazou na web (link ao final da crítica).

Nesta nova empreitada, os noruegueses por mim considerados como a melhor banda escandinava continuam mostrando a que vieram: toques refinados e viagens progressivas em meio à agressividade do black metal e temas folclóricos oriundos da cultura viking.

A maturidade atingida por este grupo em suas composições é impressionante, e neste disco a contínua evolução se mostra presente, ainda que não se descuidando do peso presente em cada tema, como já dito acima. Este fator se comprova desde o seu play anterior, Vertebrae, de 2008, que fez a banda alcançar um novo patamar e fazer uma turnê em conjunto com o Opeth, outro grupo surpreendente.

Mas vamos ao que interessa: as canções. Densas, compassadas e alternando os vocais guturais com os mais limpos, o Enslaved conseguiu criar uma nova obra-prima do gênero, e dar continuidade ao que vem fazendo desde 2001. A alternância também se confirma na cadência, onde em meio aos momentos de peso e lentidão, podem ser notados Blast Beats muito bem encaixados e eficazes, e que por isso mesmo, não enchem o saco nem tornam o trampo um apanhado de faixas velocíssimas e fadadas a cair na mesmice. Aliás, alternância de camadas e grandes nuances nas faixas é uma constante na discografia deste grupo, e essa diversidade é justamente a grande sacada deles.

Apesar de tudo o que foi dito, notei um balanço maior entre a progressividade e a agressividade neste disco. "Ethica Odini" é uma faixa mais simples e na veia Black Metal com seus vocais agressivos (sendo que "simples" no sentido "Enslaved" de ser ainda se mostra complexo, hehehe), e contrasta com temas como "Night Sights" e "Giants" sofrem a influência do rock progressivo do Yes e Wishbone Ash - ícones do movimento na década de 70 - com teclados muito bem encaixados sem encher o saco (sou meio radical no uso de teclados, pois acho que servem como apoio para "engordar" o som, e não como instrumento para solos, que geralmente - e com respeito as tecladista e seus apreciadores - são muito maçantes e dissonantes, em minha humilde opinião), bandas que sabiam usar os seus tecladistas muito bem.

Querem ouvir uma das melhores canções do Enslaved? Pulem logo para a última faixa, Lightening, e comprovarão o que digo: o balanço que estes Vikings atingiram entre a progressividade e a agressividade é absurdo. Enfim, um disco sem defeitos, e um dos meus candidatos na lista dos melhores do ano.
 BAIXEM!!

DOWNLOAD AQUI!!!

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